Como se preparar para o parto normal?
- daneoart
- 1 de out. de 2016
- 6 min de leitura

Confira a seguir as perguntas e respostas sobre o preparo para o parto normal: 1. Quais são os sinais do trabalho de parto? Resposta: Esse período pode ser iniciado com as contrações e aí a mulher vai observar se começou uma contração e dali, mais ou menos uma meia hora, ela vai ter outra. Perto da data do parto a mulher poderá sentir sua barriga endurecer, com contrações que não duram muito tempo. Antes de pensar em sair para o hospital, tome um banho, repouse e veja se essas contrações continuam fortes e regulares. Pode ser que ainda não seja o trabalho de parto, mas só um treino. Dias antes do parto poderá sair por sua vagina um muco grosso amarelado, como uma clara de ovo, com rajas de sangue, esse é o tampão mucoso. É um sinal de que o parto está próximo e esse sangramento faz parte das etapas. Caso venha um sangramento vermelho vivo, em grande quantidade, a orientação é que ela siga imediatamente para o hospital. Por ser um momento de muita ansiedade para a mulher, é importante que ela, em caso de dúvidas, busque o atendimento profissional para ser avaliada. Aproveite o pré-natal para se preparar para todas as etapas que virão e tire todas as dúvidas para se sentir tranquila e confiante para o parto. 2. O que fazer se a bolsa romper? Resposta: Não necessariamente quando a bolsa rompe significa que o bebê está prestes a nascer. Se ela tiver contrações regulares e a bolsa romper, normalmente evolui mais rápido o parto, mas a bolsa também pode romper mesmo sem contrações. Observe alguns sinais: Caso a bolsa rompa e o liquido for claro, pode se organizar, toma um banho e ir ao local onde planejou ter o bebê com calma. Agora, se a bolsa rompeu e o líquido é meio esverdeado ou amarelado, ela terá que ir imediatamente à maternidade, Centro de Parto Normal ou hospital. Se o líquido não estiver transparente pode ser uma indicação de uma emergência. 3. E se a bolsa não romper naturalmente, o médico vai precisar rompê-la? Resposta: Se a bolsa não romper durante o trabalho de parto, mesmo na hora do parto pode romper, então, não necessariamente, ela precisa de interferência para esse processo. A própria evolução do parto pode levar ao rompimento e em casos bem raros, pode ser necessário um pique na bolsa pra ela romper. O bebê pode, inclusive, vir dentro da bolsa que é chamado de parto empelicado. A criança sai do ventre da mãe ainda dentro da bolsa gestacional. Raramente pode acontecer da equipe obstétrica precisar romper a bolsa ainda na barriga da mãe para fazer com que o bebê nasça. Se esse for o caso, precisa sempre ser conversado com a mulher, explicado antes o motivo. O rompimento da bolsa pode ajudar a acelerar o parto. Isso será necessário, por exemplo, quando a mãe está há horas com dilatação completa e o bebê não desce, tem muito líquido na placenta ainda e o bebê não consegue descer totalmente. Pode ser um método usado, mas sempre com a concordância da paciente. 4. Até quando deixar evoluir o parto normal? Existe limite de tempo para a evolução do parto? Resposta: O tempo que dura o trabalho de parto pode variar para cada mulher. Considera-se parto ativo quando a grávida já está com quatro centímetros de dilatação, com contrações frequentes e regulares. No mínimo três contrações, de 30 a 35 segundos cada uma, em dez minutos. Logo, se a mulher estiver com quatro centímetros e uma contração apenas, esporádica, ela ainda não está em trabalho de parto. Muitas mulheres, achando que já estão em trabalho de parto, afirmam que esperaram até 40 horas para o bebê nascer. Trata-se de um engano, já que ela não estava em trabalho de parto ativo, e sim no período pródromo (que antecede o período ativo – quatro centímetros de dilatação, com contrações frequentes e regulares). Se a mulher já deu entrada no serviço de saúde, está com quatro centímetros com contrações regulares e frequentes, é normal que evolua, mais ou menos, um centímetro por hora. Com o período expulsivo, que é finalmente quando a cabeça do bebê está bem perto de sair, daria um total de 10h às 12h. Mas esse tempo é muito variável conforme o caso. É fundamental entender cada uma das fases que envolvem o nascimento do filho. Porque muitas vezes, ainda não está em parto ativo, é que a equipe obstétrica indica que ela não fique onde escolheu ter seu bebê ainda. É muito melhor ela ficar em casa, tentar descansar. “Às vezes a contração é irregular e demora 30 minutos pra voltar. Então ela tem de descansar, ficar no apoio da família. Então qual é a resposta aqui? Até quando deixar evoluir? Até quando estiver tudo bem”. É importante verificar o coração do bebê a cada meia hora, juntamente com os sinais maternos. Também há outro detalhe: se parou a dilatação e ela está há três ou quatro horas sem evolução nenhuma, precisa entender que pode haver a necessidade de intervenção, de uma cesariana por algum motivo.Lembrando que há mulheres que podem passar por todas as etapas do parto normal em duas horas. Não é tão comum, mas pode acontecer. 5. Como e quando se deve fazer força durante o parto normal? Resposta: A mulher não precisa fazer força durante o trabalho de parto como um todo. O corpo dela já está dilatando e quando vem a contração, o que ela precisa fazer e respirar e esperar a contração passar. Só fará força quando o corpo dela demandar. E que horas vai ser essa? Quando o bebê estiver saindo e é só nesse momento. Então ela não precisa fazer força com dilatação de oito centímetros, com dez centímetros. Porém, se ela está com dez centímetros - dilatação total, o bebê coroou e a cabeça do bebê pressionou o assoalho pélvico naturalmente ela vai sentir vontade de fazer força, o corpo mandará que ela faça isso. Em via de regra a mulher terá uma vontade incontrolável de fazer força. Ela segue seus instintos e, quando a vontade chegar, faz força da forma que for mais natural para ela. “Então nada de fazer força antes, porque se ela fizer, não vai respirar direito, o corpo vai liberando hormônios que não fazem bem para o momento do parto, ela vai ficar ansiosa, mais nervosa esperando por um resultado que ainda não virá”. Para lidar com essa etapa é importante que a mulher use os recursos disponíveis durante a dilatação como exercícios de bola (pilates), andar, agachar, banho morno, aquilo que tranquilizará, reduzirá a ansiedade e a apoiará para que ela espere o momento certo. 6. Qual a diferença entre uma contração verdadeira e uma falsa? Resposta: Essa contração de treino, chamada de Braxton Hicks, são contrações normalmente indolores chamadas de falsas. A barriga endurece toda, mas a mulher não sente dor ou ela pode sentir um pequeno incomodo, depende da sensibilidade da mulher. A contração esta presente durante toda a gestação, mas são esporádicas, indolores, curtas, irregulares e sem direção. As outras contrações que estão já estimulando o parto são dolorosas, intensas e regulares. A intensidade da dor depende. Pode ser bem leve, como uma cólica, ou com dores mais intensas. 7. Como é o parto induzido e quando ele é necessário? Resposta: O parto pode ser induzido quando se utilizar de fármacos que estimulem a dilatação e a contração. Podem ser usados medicamentos diretamente na vagina ou intravenosos, combinados ou não. Há indicação quando a mulher chegou a 41 semanas de gestação e ainda não entrou em trabalho de parto. Ou a bolsa rompeu, mas ela não está com contrações eficazes, fortes e aguardou 12 horas, 18 horas e não entrou em trabalho de parto ativo. 8. O que é parto humanizado? Resposta: O parto humanizado pode ser normal, natural ou pode ser uma cesárea, por exemplo. Ser humanizado é respeitar a mulher, a pessoa como um ser com especificidades, é não aplicar métodos e padrões indiscriminadamente, individualizando a assistência para cada um, de acordo com a sua necessidade. É oferecer uma assistência personalizada, ouvir, escutar, atender, dentro do possível, as necessidades da mulher, os desejos dessa mulher. “Por exemplo: o bebê pode ser colocado pele a pele após uma cesárea. Isso é humanizar”, explica Vanessa. Não será humanizado quando a mulher não for ouvida e for obrigada a ficar numa posição, durante o parto, porque é melhor apenas para o profissional médico e não para ela. Isso é considerado uma violência obstétrica. Parto com menor intervenção, com respeito à fisiologia e empoderamento da mulher como protagonista do parto, é parto humanizado”.
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