ONU lança campanha contra a discriminação e a prevenção ao HIV na Rio 2016
- daneoart
- 12 de set. de 2016
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Uma onda de abraços passou pela Praça XV para celebrar o respeito às diferenças e conscientizar brasileiros e estrangeiros sobre o combate à epidemia de Aids/HIV. ‘Abraçaço’ contou com a participação da embaixadora da Boa Vontade do UNAIDS e jornalista da CNN en Español, Alejandra Oraa. Com o término das Olimpíadas se aproximando, uma última onda de abraços passou pela cidade do Rio de Janeiro na quinta-feira (18) para promover o combate ao preconceito e conscientizar brasileiros e estrangeiros sobre a prevenção ao HIV. Na Praça XV, centro da capital fluminense, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e sua embaixadora regional da Boa Vontade para América Latina e Caribe, a jornalista da rede CNN en Español Alejandra Oraa, se juntaram às “Drags da Prevenção” da organização não governamental Grupo Pela Vidda para distribuir mais carinho para o público da Rio 2016. "Todos nós podemos ser diferentes, mas temos algo em comum que é nossa capacidade de amar." O encontro foi o último ‘Abraçaço’ das Olimpíadas da campanha #euAbraço — iniciativa de agências da ONU e do governo que espalhou mensagens de tolerância e disponibilizou preservativos em live sites de transmissão das competições e pontos turísticos do Rio durante os Jogos Olímpicos. Até a próxima segunda-feira (22), a força-tarefa de 88 voluntários continuará com ações menores para mobilizar visitantes e moradores da cidade. “O fato de estarmos tentando usar o abraço também para eliminar a discriminação e mostrar às pessoas que nós podemos nos abraçar e que todos nós podemos ser diferentes, mas temos algo em comum que é nossa capacidade de amar, eu acho isso maravilhoso”, afirmou Alejandra. Segundo a embaixadora, vítimas de preconceito devem se lembrar que elas “são mais fortes” que seu agressores. “Nós podemos ser quem nós quisermos ser. Nunca deixe ninguém te dizer o contrário. Nunca se sinta desanimado ou sinta que você tem de mudar porque a sociedade ou alguém ou um grupo específico diz que você tem de fazer isso”, disse a jornalista em mensagem para o público LGBTI e outros indivíduos que sofrem discriminação. A diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, lembrou que além de celebrar o espírito olímpico de respeito à diversidade, a campanha também incentivou a prática do sexo seguro. “Já foram mais de 400 mil preservativos distribuídos e 200 mil sachês de lubrificante. Isso também foi um sucesso muito grande”, explicou. “Não tem nada mais brasileiro do que o abraço. A gente viu nas comemorações, nas celebrações e também no apoio aos que não ganharam o ouro, mas que estavam aqui participando”, comentou Georgiana. De acordo com a diretora, além do incentivo à prevenção, o UNAIDS quis deixar, com seus gestos de afeto, um legado de tolerância e de inclusão das populações mais vulneráveis à epidemia de Aids. Ao longo da campanha, voluntários interpelavam pedestres para pedir um abraço e conversar sobre transmissão do HIV e o preconceito enfrentado por certos segmentos da população. Entre os itens dos kits distribuídos, estavam não apenas camisinhas e outros produtos de proteção, como também cartilhas explicativas e uma fita métrica — que possui informações sobre tratamento e testagem de HIV, mas serve principalmente para medir os abraços dados. O tamanho de cada gesto é contabilizado na plataforma Abraçômetro — parte virtual da iniciativa que convida as pessoas a publicar fotos de seus abraços e a bater metas de tamanho total de abraços dados ao longo das Olimpíadas. Para a “drag queen” Karina Karão, um dos voluntários da campanha, é necessário “quebrar o preconceito” que as “drags” sofrem assim que se preparam e se vestem de mulher. Para ela, os Jogos deram visibilidade positiva para lésbicas, gays, pessoas trans e intersex.
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